06 marzo, 2004

Pastor acredita que religiosa conhecia o assassino

SILVANA WUTTKE/ Especial/ZH

O presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Walter Altmann, disse que a irmã Doraci Edinger pode ter sido assassinada para evitar que os dois se encontrassem como estava previsto para o dia 24 de Fevereiro.

- O assassino ou seu mandante sabia ou presumia que ela iria me revelar algo grave, que de seu ponto de vista não deveria chegar ao meu conhecimento sob hipótese alguma. O que pretendia a irmã Doraci me revelar? Não sei - disse Altmann em entrevista coletiva, ontem à tarde, após sua chegada ao Brasil.

Segundo relato de Altmann, em depoimento à polícia, um dos guardas do prédio em que Doraci morava confirmou que uma pessoa teria aparecido entre 8h e 8h30min do dia 21(dia do crime) para encontrar-se com a irmã. Essa mesma pessoa, não-identificada, teria voltado um tempo depois, alegando que não a havia encontrado. Uma moradora do prédio disse ter ouvido gritos de socorro no mesmo horário.

Como não houve roubo nem estupro, indícios, segundo Altmann, apontam que a religiosa conhecia o assassino. Outra hipótese para o crime seria o carro usado pela irmã. O veículo teria gerado inveja, em função das condições de pobreza da comunidade local.
Nos últimos meses, Doraci teria manifestado a Altmann e à família preocupações com sua segurança. Em vista de uma cisão em 2001 e de uma posterior reconciliação dentro da Igreja Luterana de Moçambique, continuavam os conflitos dentro da instituição.

Ontem, em visita a familiares de Doraci, em Novo Hamburgo, o pastor entregou objetos da missionária e recebeu uma das cruzes da religiosa. Altmann também trouxe de Moçambique relatório fotográfico feito por Doraci.

IMENSIS

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