09 marzo, 2004

Missionária agredida por jornalistas

UCLA
Tráfico de cadáveres humanos leva a duas detenções
Dois responsáveis da Universidade de Medicina de Los Angeles, EUA (UCLA), foram detidos, pelo tráfico de órgãos de cadáveres humanos doados à ciência. Um dos detidos é o director do programa de doação de corpos, Henry Reid.

16:48
09 de Março 04
MOÇAMBIQUE
Missionária agredida por jornalistas
Uma das missionárias brasileiras que denunciou o tráfico de órgãos em Moçambique, na província de Nampula, foi agredida, esta terça-feira, por dois jornalistas espanhóis da «Cadena Ser».

13:51
09 de Março 04
A missionária Elilda dos Santos já apresentou queixa na polícia, mas à saída da esquadra preferiu não fazer quaisquer comentários, dizendo apenas que preferia «falar noutra altura» e que estava «bem».

Por seu lado, o director da Ordem Pública da Polícia moçambicana, Xavier Tocoli, disse à TSF que «chegaram dois indivíduos à residência [de Elilda], forçaram a porta, alegando que eram jornalistas».

«Na altura em que ela queria fechar a porta eles forçaram a entrada e pegaram-lhe no braço. Ela deu a informação de que estava a ser agredida e fomos obrigados a intervir», disse Xavier Tocoli, adiantando que «conseguimos identificar a viatura que transportava os tais jornalistas».

Xavier Tocoli adiantou também ter recebido um telefonema do primeiro secretário do embaixador de Espanha, em Maputo, «que confirmou que se tratam de jornalistas espanhóis, que vinham fazer uma reportagem sobre a problemática do tráfico de menores em Nampula».

Segundo o director da Ordem Pública «[Elilda dos Santos] não estava informada, assustou-se e interpretou isso como pessoas com intenções maléficas». As investigações vão prosseguir, como garantiu Xavier Tocoli.

O anúncio relativo às detenções foi feito pela própria universidade californiana, que explica que Henry Reid foi detido no

sábado, tendo sido libertado após o pagamento de uma caução de 20 mil dólares.

O outro detido é Ernest Nelson, de 46 anos, que serviria de intermediário e que confessou ter exercido o tráfico ao longo

de seis anos, tendo desmembrado cerca de 800 cadáveres.

Os dois homens são acusados de organizar a recuperação de corpos e órgãos para vender a vários laboratórios

privados, antes de os usarem para as suas próprias pesquisas.

A UCLA reagiu ao caso afirmando que «tais crimes violam a confiança dos dadores, das suas famílias e da UCLA.

Estamos profundamente desolados», referiu Gerald Levey, daquela instituição norte-americana.

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