05 marzo, 2004

Nampula - Várias versões sobre a morte da freira brasileira

IMENSIS

2004/03/05

Várias versões estão a surgir em Nampula sobre quais terão sido os verdadeiros motivos que conduziram ao assassinato da freira brasileira da Igreja Evangélica Luterana de Moçambique, Edoraci Julieta Edgar, na última semana de Fevereiro.


Alguns comentaristas tentam ligar este assassinato ao tão mediatizado caso de tráfico de menores e de órgãos humanos.

Contudo, a PRM já reagiu a este facto, distanciando-o desta hipótese, baseando-se nos resultados da autópsia feita ao corpo da vítima, que revelaram que a morte terá sido violenta, supostamente por via de um martelo que foi encontrado no local do crime.

Outras versões apontam para uma alegada fricção interna da própria Igreja Luterana em Nampula, tendo como base o facto de a Polícia ter já em seu poder indivíduos ligados a esta congregação, suspeitos de terem algo a dizer sobre a morte da freira.

Segundo fontes ligadas àquela igreja, nos últimos tempos a malograda não era bem vista por parte de alguns crentes que achavam que a sua verticalidade punha em causa as suas actividades que lesavam os interesses da igreja.

Segundo as mesmas fontes, a freira não tolerava o espírito de `deixa andar´ que caracterizava o comportamento de alguns elementos da hierarquia da igreja. Por isso, a freira terá provavelmente exigido a reposição de cerca de 150 milhões de meticais que se encontravam nas mãos de alguns crentes, e que se destinavam a um projecto da igreja.

O desfalque deste dinheiro é um dos assuntos mais delicados que a freira se preparava para levar consigo a uma assembleia da Igreja, que estava programada para a cidade da Beira.

Especulações segundo as quais ela terá sido morta porque estava prestes a divulgar dados concretos sobre o alegado tráfico de órgãos humanos e de menores em Nampula, incluindo nomes das pessoas envolvidas e todo o circuito do negócio, não estão a ter muito eco ao nível da opinião pública local.

Quatro dos detido em conexão com a morte da freira são crentes da sua própria congregação, enquanto que os restantes dois são os guardas do prédio onde ela vivia.

A Polícia acredita que mesmo não tendo conseguido ainda estabelecer a identidade dos verdadeiros criminosos, as detenções já efectuadas constituem um passo importante nesse sentido...

fonte: SAVANA

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