23 febrero, 2004

Investigações apontam para a não existência de tráfico de órgãos humanos em Moçambique

Segundo Procuradoria-Geral da República

2004-02-23 14:06:18

Maputo - As investigações preliminares levadas a cabo pela Procuradoria Geral da República (PGR) de Moçambique sobre o alegado tráfico de órgãos humanos na província de Nampula, denunciado há cerca de um ano e meio por uma freira brasileira, apontam para a não existência de tráfico no país, anunciou esta segunda-feira, em conferência de imprensa, em Maputo, o procurador-geral, Joaquim Madeira.


Segundo Joaquim Madeira, a perícia à exumação dos corpos de pessoas alegadamente vítimas de tráfico de órgãos humanos não encontrou «nenhumas evidências» deste tipo de práticas em Nampula. Das investigações feitas, acrescentou, «não se pode estabelecer, com exactidão, uma ligação entre mortes e o tráfico de órgãos».

Entretanto, a PGR está a preparar um programa conjunto com a polícia para a montagem de um posto policial em cada localidade onde existem suspeitas desta prática no país, revelou ainda o responsável pelo Ministério Público moçambicano acrescentou.

As conclusões da PGR contrariam as afirmações feitas pela missionária brasileira Elilda dos Santos, residente há sete anos em Nampula, que denunciou junto da Procuradoria e da polícia a existência de uma suposta rede de tráfico de crianças e de órgãos humanos, depois de ter tomado conhecimento do aparecimento de cadáveres de crianças sem órgãos.

Em declarações à RDP/África, a presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos, Alice Mabota, afirmou não estar surpreendida com os resultados da PGR, afirmando colocar algumas reticências à conclusão apresentada pelos médicos legistas.

(c) PNN - agencianoticias.com

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