28 febrero, 2004

Detidos cinco suspeitos da morte de missionária

MOÇAMBIQUE

A polícia de Nampula deteve cinco suspeitos do assassinato da missionária luterana

brasileira. Dois dos detidos são guardas que faziam a segurança ao edifício onde Joraci Edinger morava sozinha.

10:27
28 de Fevereiro 04


A informação foi avançada à Lusa por um responsável policial de Nampula, que adiantou que dois dos cinco detidos eram seguranças no edifício onde a missionária vivia sozinha, numa das principais ruas da cidade.

Os outros três eram elementos da congregação luterana da cidade.
Estes últimos foram detidos por obstrução à justiça, segundo Xavier Roberto Tocoli, director da Ordem Pública da Polícia da República de Moçambique de Nampula.

Os guardas são suspeitos de conivência com o crime, ocorrido no passado dia 21 de Fevereiro. A autópsia revelou que a missionária foi assassinada com golpes de martelo no crânio.

«A religiosa tinha montado um sistema de segurança que impedia que alguém entrasse na sua casa sem que fosse avisada pelos guardas, o que nos leva a crer que estes estarão relacionados com o crime ou que conhecem quem o praticou», disse Tocoli.

A mesma fonte adiantou que as autoridades baseiam as suspeitas no facto dos guardas não terem alertado para o desaparecimento de Joraci Edinger, dado que o corpo só foi descoberto na passada terça-feira.

Os outros três suspeitos são acusados de transferirem, sem autorização, o cadáver da religiosa do Hospital Central para o Hospital Militar, este último, o único que dispõe de câmara frigorífica.

«Eles defenderam-se com as melhores condições do Hospital Militar, mas, seja como for, tinham de avisar a polícia e suspeitamos que por trás disso exista mais qualquer coisa», adiantou Tocoli.

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