28 febrero, 2004

DE UM NAMPULENSE RESIDENTE NO BRASIL

Mais uma vez ouço a TV Globo falar em Nampula. Ao invés de notícias boas e agradáveis, são outra vez desagradáveis, desta vez as da morte de uma missionária luterana, aqui do Rio Grande do Sul. Segundo a Globo ela tem uma irmã, também gaúcha, a quem revelou da última vez que cá esteve o que estava a acontecer com a negociata de órgão humanos em Nampula. A irmã da falecida botou a boca no trombone cá no Brasil e os meliantes, como não lhe podiam tocar, mataram-lhe a irmã, que estava para regressar em Maio ao Brasil. Isto foi o noticiado, há poucas horas no Jornal da Noite.

É incrível como as autoridades moçambicanas deixam agir essas quadrilhas, nas suas barbas. Elas, que tanto criticaram as autoridades portuguesas, revelam afinal total incompetência no campo policial, porque no tempo dos portugueses nada disso acontecia. Havia um controle policial eficaz. Afinal as "amplas liberdades democráticas, as aberturas" tão defendidas pelos iluminados marxista, penas servem para que as piores formas de atuação humana se revelem e ajam, impunemente, perante a impassibilidade ou incapacidade de quem as deveria reprimir.

Será justo que Os Direitos do Homem se apliquem também a quem os não respeita?... neste caso os traficantes de órgão e os assassinos e estrupadores da cidadã brasileira...

Claro que para aquelas pessoas que sabem que vivi largos anos em Nampula, quando me perguntam como são as coisas, respondo que no tempo dos portugueses em Moçambique nada disso acontecia e é verdade.

Um tchau. Tudo de bom.

Sérgio

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