04 marzo, 2005

Moçambique: Procurador Geral da República corre risco de vida

Elilda Santos, a missionária brasileira que tem denunciado o alegado tráfico de órgãos de crianças em Nampula, lança o alerta: o Procurador Geral da República (PGR) corre risco de vida.

04/03/2004

(11:11) A religiosa diz que Joaquim Madeira corre risco de vida por insistir na investigação do caso. "Temo pela vida do Procurador Geral da República (...) faço um apelo, pois [ele] precisa de todo o apoio".

Segundo a religiosa, várias crianças pobres foram mortas, em Nampula, com o objectivo de lhes serem extraídos órgãos, como o coração, os pulmões ou os rins, alegadamente por uma rede de tráfico comandada por um sul-africano ali estabelecido, conhecido por "Branco".

O PGR mandou exumar esses cadáveres e os investigadores concluíram que os corpos não apresentam qualquer evidência de que tenham sido mutilados. Devido a esta investigação, já tornada pública, Joaquim Madeira afirmou não poder estabelecer-se uma ligação entre essas mortes e um eventual tráfico de órgãos nesta província do Norte de Moçambique.

Em declarações à RR, Elilda Santos relata também as estranhas circunstâncias do alegado rapto de mais uma criança.

É mais uma situação pouco clara em Nampula, de onde saiu ontem o corpo da missionária luterana brasileira, recentemente assassinada. Elilda Santos garante que o homem envolvido nos alegados crimes estava a bordo do avião.

"Tive uma surpresa forte, quando vi embarcar no voo o assassino muito perigoso", disse à RR a religiosa, acrescentando que ele está escondido atrás do poder político e económico, por isso não pode revelar a sua identidade.

As autoridades moçambicanas prosseguem as investigações à morte da missionária. Segundo seu superior que ontem regressou ao Brasil, o corpo foi autopsiado duas vezes e não haverá indícios de violação ao contrário do que foi inicialmente avançado.

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